Obra na BR-356

Obra na BR-356

Conclusão de obra na BR-356 pode demorar até cinco meses

Segundo o secretário de Transportes e Obras Públicas de Minas, Murilo Valadares, cerca de 300 peças que seguram a estrutura precisarão ser trocadas

Pelo menos três meses e, no máximo, cinco meses, é o tempo estimado pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER/MG) para que obras de contenção do muro que cedeu na BR-356, na altura do trevo do Belvedere, na região Centro-Sul da capital, sejam concluídas.

O secretário de Transportes e Obras Públicas de Minas, Murilo Valadares, explicou em visita ao local na manhã desta segunda-feira (26) que cerca de 300 peças que seguram a estrutura precisarão ser trocadas, mas afirmou que risco de queda diminuiu.

Segundo o diretor do DEER, Davidsson Canesso, não é possível precisar se duas das pistas da BR, que estão fechadas desde o início das inspeções, ficarão interditadas durante os cinco meses. De acordo com Canesso, no decorrer das obras é possível que pista seja gradativamente liberada.

“A gente sabe do transtorno que traz para a população, mas nosso objetivo principal é a segurança. O tempo vai nos guiar. Se daqui a dois meses ou três meses falar que posso liberar a pista, aí sim”, afirmou.

O diagnóstico feito pelos engenheiros empenhados no trabalho de contenção do muro é de que tirantes – peças com cabos de aços que têm a função de resistir a esforços ou tensões – se romperam, muito provavelmente devido a um desgaste provocado pelo tempo e, até mesmo, por falta de manutenção.

“O diagnóstico foi os tirantes que mexeram. Obviamente que eles, que estavam seguros com cabos de aço, antigos, romperam. Eles estavam debaixo da terra. Ou rompeu ou deslocou. Por isso é necessário fazer outros tirantes. O tempo, vida útil e sem monitoramento. Foi isso que causou”, explicou.

A retirada dos 300 tirantes é a segunda etapa da obra. Para que problema não prosseguisse e muro viesse a desabar, a área mais crítica da estrutura foi provisoriamente contida com três vigas metálicas de travamento. Espécies de cabos com cimentos foram injetados nas estruturas para dar sustentação ao muro.

O secretário Murilo Valadares também deixou claro, durante a visita, que motoristas não precisam se preocupar com possível queda do muro.

“Está estabilizado. Ainda não acabou, mas o risco diminuiu muito. Pode ficar tranquilo porque os aparelhos que nós temos hoje, eletromagnéticos, de monitoramento, se correr qualquer problema, nós vamos fazer o alarme e fechar a avenida. A engenharia foi feita para não deixar cair e nós vamos fazer todo esforço para não deixar cair”, afirmou.

O secretário informou que, após a contenção do muro, será necessário fazer um nivelamento do asfalto, uma vez que uma das pistas da BR-356, no sentido Rio de Janeiro, afundou.

Durante visita técnica nesta segunda-feira (26), foi apresentado à imprensa o sistema de monitoramento do muro. Um equipamento que funciona 24h detecta qualquer movimentação no terreno. Ele é atualizado a cada dois minutos.

Famílias retiradas

Até o momento, 32 famílias residentes na Vila São Bento, que fica nas proximidades do muro de contenção, foram retiradas do local e casas foram demolidas. O DEER-MG disse, contudo, que vai precisar retirar outras famílias por questões de segurança, mas que vai se reunir com a Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel) para verificar possibilidade de demolir mais casas.

“Para começar o serviço era primordial que as famílias fossem retiradas. A partir de agora, estamos fazendo um monitoramento 24h por dia. Nós ainda contamos com a Urbel para avaliação da retirada das casas que estão na primeira e talvez na segunda linha”, afirmou.

Fonte: www.otempo.com.br